Foi realizada, na manhã desta quinta-feira, dia 19, mais uma reunião das Comissões da Casa. O principal assunto em discussão, novamente, foi a abertura da porta principal do Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB).

Foi realizada, na manhã desta quinta-feira, dia 19, mais uma reunião das Comissões da Casa. O principal assunto em discussão, novamente, foi a abertura da porta principal do Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB), fechada desde o incidente ocorrido no dia 1º de abril, quando um pai ateou fogo na recepção. Os vereadores exigem que o atendimento ao público volte ao normal, como sempre foi até ocorrer essa situação atípica, para que o PL 044 (trata sobre o reajuste de repasse no valor de R$ 440 mil para R$ 512 mil ao hospital) seja liberado para votação.

O secretário de Saúde (Sesa), Tovar Musskopf se fez presente na reunião e, durante a sua fala, fez questão de ressaltar a importância de direcionar os atendimentos menos urgentes para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na tentativa de convencer os vereadores que o HBB deve atender somente casos de emergência. “Para garantir os recursos repassados pelo Estado e pela União, a UPA precisa de 6750 atendimentos/mês, o que não vem ocorrendo.” O titular da Sesa teme que a Unidade passe a se encaixar no “porte I”, o que significaria perder pela metade os valores hoje repassados. “Hoje somos classificados como porte II, o que garante R$ 225 mil de repasse pelo Estado e R$ 300mil pela União.”

O presidente da Casa, vereador Eder Spohr diz que essa situação é nova e que os vereadores desconheciam os fatos até porque, até então, não haviam sido mencionados. “Precisamos estar atentos a todas essas situações, porém, o que não queremos é uma porta fechada de uma hora para outra.” Nesse sentido, ele reforçou a ideia dada à diretoria do HBB durante a entrega do ofício, na tarde da última segunda-feira, dia 16, quando solicitou que se realmente é necessário fechar o acesso principal, a comunidade tenha alguns meses para se acostumar com a ideia. “Tem que existir um período de transição. Um caso isolado não pode prejudicar todas as pessoas que precisam de atendimento.”

Durante a reunião, Spohr falou da emenda aditiva que será apresentada para que o projeto seja votado. A emenda propõe que a porta fique aberta à população que busca atendimento. Enquanto outros assuntos eram tratados pelas Comissões, o presidente da Casa esteve reunido com o diretor executivo do HBB, Cristiano Dickel, que mais uma vez se mostrou irredutível em atender ao pedido dos vereadores. “Ele afirmou que a diretoria pediu para o prefeito retirar o projeto e manter o mesmo valor do convênio”, relatou Spohr.

Alternativas

Ildo Salvi (Rede), que também tem se mostrado convicto em sua decisão de votar o projeto somente se a porta estiver aberta à comunidade, diz que se os pacientes que possuem plano de saúde têm direito de entrar pela porta da frente, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) também têm. “Nós queremos ajudar a administrar a Saúde de Lajeado, mas não podemos, de forma alguma, nos tornar reféns de uma atitude arbitrária do hospital.” Salvi diz que é preciso construir uma solução e que uma boa alternativa para oferecer mais segurança aos profissionais seria colocar um vigilante na recepção do PS.

A secretária da Casa, vereadora Neca Dalmoro (PDT) diz que também é preciso humanizar o atendimento e que a sala de espera é fundamental nessa construção. “Uma enfermeira, por exemplo, poderia ir até a sala de espera e passar informações aos familiares. São atitudes pequenas, mas que fazem toda a diferença para aqueles que estão esperando por um atendimento.” Salvi complementa que o HBB pode informar que o atendimento será demorado, que levará oito horas porque existem casos de emergência na frente, mas o que não pode é negar o atendimento à população. “Cada pessoa pode ter o direito de escolher se quer esperar cinco, dez horas ou se quer ir à UPA e ser atendido antes.” Ele recordou a situação vivida por um ex-assessor da Casa, que procurou atendimento no HBB e foi orientado a ir até a UPA e, infelizmente, faleceu no trajeto. “É isso que não podemos deixar acontecer.”

Outros assuntos

Os PLs 043 (regulamentação das microcervejarias), 048 (crédito especial para a Sthas), 049 (crédito suplementar para a Sthas) e CM 021 (Inclui o parágrafo 3º do artigo 5º da Lei Municipal nº 10.424 2017) também estiveram na pauta da reunião. Todos os projetos podem ser acessados em: https://goo.gl/KewSmU.

 

 

 

 

 

Data de publicação: 19/04/2018

Créditos: Carolina Gasparotto

Créditos das Fotos: Carolina Gasparotto

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