Praticamente todos os presentes se mostraram favoráveis em manter o discurso de que a porta principal de acesso ao Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB) deve estar aberta à comunidade.

O principal assunto tratado durante a reunião das Comissões desta terça-feira, dia 15, novamente foi o PL 044 (trata sobre o convênio com o HBB). Praticamente todos os presentes se mostraram favoráveis em manter o discurso de que a porta principal de acesso ao Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB) deve estar aberta à comunidade, como ocorria até o incidente em que um pai ateou fogo na recepção do local, no dia 1º de abril deste ano.

A vereadora Mariela Portz (PSDB) foi a única que discordou das emendas aditivas apresentadas pelos colegas para que o projeto seja votado na sessão desta terça-feira, dia 15. Ela é da opinião de que é preciso descomplicar o que é óbvio, ou seja, que atendimentos mais graves devem ser feitos no hospital e que os de menor gravidade devem ser feitos na UPA.

Já os colegas, entre eles, o presidente Eder Spohr (MDB), Neca Dalmoro (PDT), Ildo Salvi (Rede) e Mozart Lopes (PP) defendem que a porta deve estar aberta para a comunidade ter um local de espera, onde cada paciente será orientado, após uma triagem, se o seu caso pode ou não ser atendido no hospital.

“É uma questão de humanização no atendimento. É aquela primeira acolhida, mesmo que depois o paciente seja orientado a procurar pela UPA e que seja explicado para ele que existem casos mais urgentes que o dele e que o seu caso pode ser resolvido com mais agilidade na UPA”, explicou o presidente da Comissão de Saúde da Casa, vereador Ildo Salvi.

Além do PL 044, os vereadores e assessores discutiram outros projetos, entre eles, o PL 062 (autoriza a contratação temporária de excepcional interesse público de cinco professores de educação infantil, três professores de anos finais e um secretário de escola) e o PL 051 (revoga a Lei nº 10.284, de 07 de dezembro de 2016), ambos devem ser votados por acordo de lideranças na sessão de hoje.

Também esteve na pauta o PL 043 (institui o Programa de Incentivo ao desenvolvimento de microcervejarias artesanais, brewpubs e cervejeiros caseiros no âmbito do município de Lajeado), que deve ser votado nos próximos dias, após a retirada do artigo 6º. Além do CM 023 (determina às Escolas Municipais de Educação Infantil afixarem na entrada das salas de aula as dimensões das salas de aula e a capacidade máxima de alunos permitidos no local, conforme resolução nº 24/2017 - COMED), que teve pedido de vistas feito na sessão do dia 3 de maio. Acesse todos os projetos na íntegra em: https://goo.gl/JfB5p9.

Saúde discute PL 044

Após a reunião das Comissões, participaram do debate acerca do PL 044, o secretário municipal de Saúde, Tovar Musskopf; o coordenador da 16ª CRS, Ramon Zuchetti e os especialistas do setor de Planejamento da 16ª CRS, Álvaro Junqueira e Glademir Schwingel.

Nenhum representante do HBB se fez presente e por meio de um ofício, assinado pelo presidente João Batista Gravina, o hospital disse não ter interesse na aprovação do projeto e que por esse motivo não iria comparecer a reunião. Dias atrás, o HBB enviou um ofício ao Executivo para que o prefeito Marcelo Caumo retirasse o projeto da Casa. O pedido não foi aceito por Caumo.

Em sua fala, Zuchetti apontou que o HBB será um modelo único no Estado se optar por manter a porta de acesso ao Pronto-Socorro fechada. “É preciso ter uma conscientização de que se o atendimento é na cor azul, esse paciente não precisa procurar atendimento no hospital.” O coordenador da 16ª diz ter receio da forma que a situação vem se desenhando.

“Acredito que o hospital tenha que atender a atenção básica. É uma questão de humanização, em que se orienta a população de que ela será melhor e de forma mais rápida atendida, sempre conforme a gravidade da situação”, acrescentou o especialista do Planejamento da 16ª. Schwingel concluiu que o Pronto-Socorro é uma necessidade. “Sou a favor da sala de espera e da orientação sobre o possível tempo de espera para que ocorra o atendimento.”

Já o secretário Tovar afirmou que a diretoria do hospital irá construir uma sala de espera e que já existe um projeto, ainda sem prazo para sair do papel. “Entendo que o hospital não tenha mais estrutura para atender os casos de menor gravidade, por isso, a ideia de direcionar esse tipo de atendimento para a UPA, deixando o HBB apenas com os casos de emergência e urgência.”

O líder de Governo, vereador Mozart Lopes destacou que um caso isolado não pode afetar toda a população lajeadense. “Parece que o incêndio foi a salvação do HBB.” O presidente da Comissão de Saúde da Casa, vereador Ildo Salvi disse que que tanto os pacientes do SUS quanto os pacientes que possuem plano de saúde devem ser recebidos pela porta da frente e não pela dos fundos. “Vou lutar até o fim para que a comunidade possa entrar pela entrada na Rua Carlos Von Koseritz.”

 

 

 

 

Data de publicação: 15/05/2018

Créditos: Carolina Gasparotto

Créditos das Fotos: Carolina Gasparotto

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